Ceratite eosinofílica em gatos

Introdução

A ceratite eosinoflica é uma oftalmopatia dos felinos, que consiste em uma massa que surge no limbo nasal ou temporal, córnea periférica e conjuntiva bulbar de aspecto branco ou rosado, irregular, vascularizada e edemaciada (Silva A. C. E. 2017)

A literatura afirma que a causa pode ser uma resposta imune anormal, com a possibilidade do agente Herpesvírus felino ter participação na patologia, o qual é capaz de causar lise celular e replicação rápida a partir de células epiteliais (LITTLE, 2005), porém a causa em si, é incerta.

A oftalmopatia não parece ter predisposição de idade, raça ou sexo e costuma acontecer de forma unilateral (Pereira F.Q., Faganello C.S, Berct B.S, Lacerda L.A & Pigatto J.A.T 2009).

Sinais Clínicos

As principais alterações são:

● Opacidade na córnea;

● Eritema ocular;

● Secreção ocular;

● Blefaroespasmos;

● Prurido ocular.

Diagnóstico

Para melhor diagnóstico é necessário analisar anamnese e exame físico, em que se verifica alterações como: cor, formato e aspecto da lesão ocular.

É importante a realização de exames oftálmicos como o de pressão intraocular com o aparelho tonômetro, realização de teste de Jones para analisar se há lesão em córnea, no qual pode estar relacionada ou não a ceratite eosinofilica.

Outro método de diagnóstico mais preciso é a citologia ocular, que demonstra na lâmina alta celularidade, sendo a amostra composta por células epiteliais reativas, moderados eosinófilos, discretos mastócitos, neutrófilos não degenerados e grande quantidade de grânulos eosinofílicos.

Tratamento

Após confirmação diagnóstica, deve ser utilizado, a princípio, colírios a base de dexametasona ou predinisolona e colírios lubrificantes, pois têm baixo índice de efeito colateral e possuem maior eficácia (HOLGqqES, 2005; SPIESS et al, 2009; PEREIRA et al,2009).

O tratamento inicia-se por 15 dias podendo prolongar-se por mais 15 dias com diminuição gradativa, porém, como é uma doença imunomediada, pode ocorrer recidiva do quadro.

Caso o felino torne a apresentar sintomas clínicos, é necessária a utilização de medicações imunosupressoras como a ciclosporina, para fins de tratamento contínuo.

Referências

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Iarla Scarlet Rocha de Oliveira, Nathalie Moro Bassil Dower, Lianna Ghisi Gomes, Paulo Roberto Spiller, Fernanda Viccini, Juliana Evangelista Bezerril, Priscila Chediek Dall’Acqua, Andresa de Cássia MartiniBrazilian Journal of Development 7 (4), 40124-40135, 2021. Disponível em: ojs.brazilianjournals.com.br

Pereira FQ. Faganello C.S., Bercht B.S., Lacerda L.A.& Pigatto J.A.T. 2009.Feline eosinophilic keratitis. Acta Scientiae Veterinariae. 37(4):393-396.

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SILVA, A. C. E. Oftalmologia Veterinária. Editora e Distribuidora Educacional S.A, Londrina, 2017. Disponível em: <http://cm-kls- content.s3.amazonaws.com/201702/INTERATIVAS

LITTLE, Susan E. O gato: medicina interna. Rio de Janeiro: Roca, p. 1.150- 1.210, 2015. Disponível em: https://docero.com.br/doc/510s00