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Otite em felinos

A otite é uma afecção dermatológica de grande importância na clínica de pequenos animais devido sua grande ocorrência. A doença é definida como uma inflamação do epitélio do canal auditivo que pode ter apresentação de forma uni ou bilateral e pode ser classificada de acordo com sua localização em otite interna, média e externa. A abordagem empregada para os cães não se mostra efetiva para os gatos.

Ao contrário dos cães que apresentam otite na maior parte das vezes por bactérias e fungos, no gato é mais comumente encontrado otite parasitária, pelo ácaro Otodectes cynotis, que é responsável por cerca de 50% dos casos de otite em felinos. O ácaro encontra-se no geral na orelha externa e o ciclo completo leva três semanas. As infestações são mais comuns em animais com menos de um ano de idade.

Além do acometimento por ácaros, os fungos e bactérias podem estar presentes. As bactérias mais encontradas são Staphylococcus intermedius, Streptococcus spp e Pasteurella multocida. Pseudomonas aeruginosa, Proteus spp e Escherichia coli são encontradas com menor frequência. E o fungo mais encontrado é a Malassezia spp, esse agente já é encontrado naturalmente na flora tecidual dos animais, e normalmente não causam problemas, mas quando há multiplicação excessiva pode causar alterações. Em casos crônicos deve-se pesquisar pólipos e neoplasias mesmo que sejam menos frequentes.

As manifestações clínicas mais comuns são, prurido, dor presença de secreção com odor característico, eritema e edema. O prurido intenso pode levar esse animal e coçar o pavilhão auricular até gerar ulcerações. Quando o quadro se torna crônico, estes sinais podem evoluir e gerar hiperqueratose, hiperplasia e em casos mais graves estenose do canal.

Para um diagnóstico mais assertivo e um tratamento mais eficiente, exames como citologia, cultura e antibiograma e otoscopia devem ser realizados. Em alguns casos a utilização de exames como radiografia, ressonância magnética e tomografia também são indicados.

O tratamento consiste no geral em limpeza com produtos apropriados e utilização de medicação tópica que deve ser prescrito e orientado por um médico veterinário.


Referências:

LINZMEIER, G. L.; ENDO, R. M.; LOT, R. F. E. Otite externa. Revista científica eletrônica de Medicina Veterinária da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia de Garça – FAMED/FAEF, Garça, v. 7, n. 12, jan. 2009. Disponível em: <http://faef.revista.inf.br/imagens_arquivos/arquivos_destaque/ZjT2hdBx69kFTWR_2013-6-21-12-3-2.pdf>. Acesso em: 11 maio 2021.

ELIA, Ana Elisa Machado. Otite Média e Interna em Felinos: Relato de Caso. 2016. Trabalho de Conclusão de Curso (Pós Graduação) - Clínica Médica de Felinos, CESMAC, São Paulo, 2016. Disponível em: <https://www.equalisveterinaria.com.br/wp-content/uploads/2017/06/Otite-M%C3%A9dia-e-Interna-RC-com-numera%C3%A7%C3%A3o-final.pdf>. Acesso em: 11 maio 2021.

LUSA, F.T. e AMARAL, R.V. Otite externa. PUBVET, Londrina, V. 4, N. 24, Ed. 129, Art. 876, 2010. Disponível em: <https://www.pubvet.com.br/uploads/0c10e1b6edc553e070b8ee8a7c502746.pdf>. Acesso em: 11 maio 2021.

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