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Evolução Felina

Atualmente existem 41 espécies de felinos. De acordo com cientistas, osfelídeos evoluíram no Eocênico a partir do grupo Viverravidae, que também deu origem às civetas, hienas e aos extintos nimravídeos. O primeiro verdadeiro felídeo foi o Proailurus que viveu na Europa há cerca de 30 milhões de anos. Este animal tinha corpo longo, patas curtas e um dente molaradicional em cada mandíbula, por comparação aos felídeos modernos. Já no Miocênico, o Proailurus deu origem ao gênero Pseudaelurus que se diversificou em dois grupos: a sub-família Machairodontinae, que inclui os tigres-dente-de-sabre e o Schizailurus, o ancestral da família Felidae, que surgiu há mais de 18 milhões de anos. A sub-família Felidae, que agrupa os gatos domésticos, surgiu há cerca de 12 milhões de anos. Os linces surgiram na América do Norte há cerca de 6,7 milhões de anos e daí expandiram-se para a Europa e a Ásia. A primeira espécie reconhecida do gênero Lynx na Europa é o L. issiodorensis, que viveu há 4 milhões de anos e era maior que os linces atuais, porém com patas curtas.


Com base em registros fósseis, muitos pesquisadores acreditavam que um felídeo chamado Pseudaelurus, que viveu na Europa entre 9 milhões e 20 milhões de anos atrás, era o último ancestral comum dos felinos modernos. No entanto o Pseudaelurus não foi o primeiro felino. Sabe-se que grandes felinos dente-de-sabre, chamados nimravídeos, viveram em épocas mais remotas, há cerca de 35 milhões de anos, mas praticamente todos os seus descendentes estão extintos. Pesquisas recentes, no entanto, sugerem que todos os felinos modernos descendem de apenas uma das várias espécies de Pseudaelurus que viveram na Ásia há cerca de 11 milhões de anos.


A separação da linhagem do caracal, hoje representada por três espécies de porte médio cujos progenitores cruzaram a África entre 8 milhões e 10 milhões de anos atrás, participando da primeira migração intercontinental. Nesse período, o nível dos oceanos desceu 60 metros abaixo do atual, descobrindo pontes de terra nas extremidades do mar Vermelho, ligando a África à península da Arábia e facilitando a migração desses animais para o continente africano. Os felinos migraram porque seu comportamento exige que se espalhem a cada geração. Quando chegam à adolescência, machos, e eventualmente fêmeas, são forçados a abandonar seu local de origem. Assim, ao longo do tempo, populações crescentes de felinos precisaram de territórios cada vez maiores. Esse comportamento, e à necessidade de seguir presas migratórias, explica por que os felinos se deslocaram. Eles também são predadores extremamente habilidosos que sempre aproveitam as oportunidades de explorar novos espaços.


Praticamente ao mesmo tempo que os guepardos trilhavam seu caminho de volta da América para a Ásia, as linhagens precursoras do gato leopardo e do gato doméstico também atravessaram a ponte de terra de Bering para a Ásia. Como resultado, a linhagem do gato leopardo produziu o gato leopardo asiático e quatro pequenas espécies: gato leopardo indiano ou gato-ferrugem, encontrado na Índia, gato-de-pallas, na Mongólia, gato-de-cabeça-chata, na Indonésia, e gato-pescador, espalhado pela Ásia.


O ato final na jornada dos felinos, da natureza até serem domesticados, começou nas florestas e desertos próximos à bacia mediterrânea. Lá, um grupo de espécies pequenas (pesando menos de 10 kg) havia emergido gradativamente, como o gato-da-selva do leste asiático, o gato-do-deserto do oriente médio, o gato-de-patas-negras da África e uma espécie onipresente de gato selvagem com quatro subespécies bem reconhecidas (européia, centro-asiática, do leste próximo e chinesa). Uma dessas subespécies deu origem a um dos mais bem-sucedidos experimentos da história, o da domesticação dos gatos. Evidências no DNA mostram que todos os felinos existentes carregam os mesmos traços de um predador semelhante à pantera que viveu no sudeste asiático há cerca de 10,8 milhões de anos. Os grandes felinos rugidores foram os primeiros a se ramificar, seguidos por outras sete linhagens. Todos os gatos domésticos carregam uma assinatura genética compatível com a dos gatos selvagens de Israel e do leste próximo. Pode-se afirmar que o gato foi domesticado em diferentes ocasiões, todas entre 8 mil e 10 mil anos atrás, na região do nordeste da África. À medida que populações humanas nômades começaram a se reunir em pequenos povoados em torno dos primeiros assentamentos agrícolas. Esses antigos fazendeiros cultivavam trigo e cevada, atraiam grandes quantidades de roedores, e por sua vez, atraíram os gatos selvagens da região como seus predadores. Dessa forma começou a interação com o homem, como companheiros cautelosos, ganhando abrigo em troca da eliminação dos roedores. O número crescente de gatos selvagens já domesticados proliferou naturalmente e, desde então, seu destino se uniu definitivamente ao dos humanos.


Referências:

https://biologo.com.br/bio/evolucao-dosfelinos/#:~:text=De%20acordo%20com%20cientistas%2C%20os,hienas%20e%20aos%20extintos%20nimrav%C3%ADdeos.&text=O%20primeiro%20verdadeiro%20fel%C3%ADdeo%20foi,milh%C3%B5es%20de%20anos%2C%20segundo%20teorias.


https://sciam.com.br/a-evolucao-dos-gatos/


https://www.annualreviews.org/doi/pdf/10.1146/annurev.genom.6.080604.162151

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