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Você já ouviu falar em Teoria do Elo?

Atualizado: 17 de abr. de 2022

No ambiente familiar, a relação humano-animal se aproxima cada vez mais da relação entre os humanos na família. Afinal, quem nunca viu a expressão "pai/mãe de pet", principalmente nas redes sociais? Nesse tipo de ambiente, vemos uma legitimação cada vez maior do animal de companhia como membro da família, e não mais como um animal de guarda ou caça, que vivia apenas no quintal das casas. Essa interação, no entanto, está sujeita às mesmas características negativas e vulnerabilidades presentes nas relações humano-humano da família, em que a violência está fortemente presente. Assim, a Teoria do Elo (ou do Link) consiste na relação entre maus tratos aos animais e a violência doméstica, principalmente a mulheres, crianças e idosos. Além disso, essa teoria, que teve o FBI como precursor do estudo, alega que maus-tratos aos animais também podem indicar a ocorrência de um possível perfil sociopata.

​Desse modo, a ocorrência de maus tratos aos animais pode não ser um fator isolado, mas também um sinal de problemas no ambiente familiar. Segundo o FBI, 80% dos assassinos começam torturando animais, e a Teoria do Elo é também utilizada em investigações criminais.

​Em 2019, a Netflix lançou em sua plataforma o documentário “Don’t Fuck With Cats”, que relata um assassinato real. Nele, o assassino começou com vídeos de gatos sendo torturados na internet e terminou com a morte de uma pessoa! Em outro caso, ao se investigar tiroteios em diversos colégios dos Estados Unidos, os jovens assassinos já haviam cometido violência contra animais anteriormente.

Mas a violência contra animais não se resume apenas aos animais de companhia. Animais silvestres também estão sujeitos a essa violência, e podem indicar a existência de psicopatas. Como exemplo disso, temos o caso do Pedrinho Matador, um dos mais famosos psicopatas do Brasil, que cresceu matando pacas e macacos e posteriormente começou a assassinar pessoas. Outro exemplo é o caso do Edward Leonski, que na infância costumava torturar passarinhos os cegando com agulhas.

Com isso, a presença e participação ativa do Médico Veterinário no ciclo de violência é extremamente necessária, uma vez que esse profissional é qualificado para a identificação dos sinais de abuso em animais não-humanos e humanos, além de serem peça fundamental para a prevenção e controle da conexão entre as mais variadas formas de violência. Um diagnóstico precoce da violência tem o poder de salvar vidas humanas e reduzir o sofrimento dos animais.

Sempre que presenciar maus tratos, denuncie! As denúncias podem ser feitas pelos telefones: 0800 61 8080 (gratuitamente), 180 (Canal de denúncia a vítimas de violência doméstica), 190 (Polícia Militar), 181 (Denúncia Anônima); ou pelo email para linhaverde.sede@ibama.gov.br- O IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) as encaminhará para a delegacia mais próxima do local da agressão.

Referências o

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